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Johannesburg, 28 de Maio: Através de cânticos de saudação a todos os participantes, a Gender Links acolhe esta terça- feira um debate sobre a camapnha 50/50 e a igualdade do género e a promoção dos direitos da mulher, para o seu empoderamento e participação nas tomadas de decisÁµes, na representação no parlamento e na vida polÁtica.
A abertura foi procedida por Patricia Made, da gender Links, que olhou para a problemÁ¡tica da igualdade do genero não só como prejudicial para as mulheres, mas também para a formação do cidadão, na sua insercao nos assuntos que ditam o desenvolviumento do seu paÁs.
Na ocasião, Made alertou para a necessidade de não sobrepor-se nenhum género em detrimento do outro, sob risco de criar-se uma sociedade monopolizada por um único género, acabando por excluir o outro no processo de socialização e de inserção social.
Segundo Honourable Mireille Martin, Ministra da Igualdade do género, desenvolvimento infantil e do bem-estar familiar em MaurÁcia, é importante que as mulheres participem no processo eleitoral, de forma que o seu esforço seja salvaguardado, podendo participar no processo de representatividade nos orgãos do estado. Para Martin, hÁ¡ um avanço significativo no processo de representação da mulher nos processos eleitorais ou polÁticos.
“HÁ¡ um avanço, não se pode ignorar. Tendo em conta o crescimento de 6% para 24% de representação da mulher nas eleiçÁµes, e apesar de ser ainda necessÁ¡rio a implementação de mais esforços para efectivar os nosso objectivos, podemos afirmar que estamos num caminho certo”. Afrimou
Para Muna Ndulo, muitos paÁses ainda estão, longe de alcansar os objectivos marcados para 2015 sobre a igualdade do genero, porém, existem muitos paÁses que estão preparados para alcansar os objectivos, como é o caso de MaurÁcias, Malawi, ZimbÁ¡bwe, que apresentam boas prÁ¡ticas para o progresso e alcance das metas.
Ndulo, afirma que o que dificulta o processo para a equidade do género tem haver com a existência de sociedades patriarcas e sociedades com culturas prejudiciais para o processo de inserção da mulher nos debates sociais. Ademais, Ndulo acredita que para abordar os factos sobre a igualdade do género é importante que se avalie a legislação de cada paÁs e a forma como eles implementam as técnicas para o empoderamento da mulher, de forma que se saiba avaliar as formas como cada sociedade assume a necessidade da igualdade do género.
Segundo Loveness Jambaya Nyakujarah, assessora regional sobre polÁtica, justiça entre o género, as mulheres estão preparadas para liderar seja nas instituiçÁµes públicas e privadas.
“Um dos desafios é lutar para e “libertação” da mulher, pelo facto de algumas mulheres estarem expostas a algumas regras culturais que as limitam em agir e controlar o seu destino” Afirmou
Para Nyakujarah, tendo em conta que 2015, ano limite para a campanha 50/50, estÁ¡ proximo deve-se reflectir nas metas conquistadas, de forma a entender o nÁvel do trabalho feito, para saber como adoptar novas técnicas e aprimorar o trabalho feito em prol da igualdade do género. Apesar de não ser possÁvel para que todos os paÁses conquistem os seus objectivos, Nyakujarah afirma que jÁ¡ é momento para avaliar o nÁvel de mulheres que participam nos processos decisórios e na representação nas instituiçÁµes de cada paÁs.
“Se mulheres e homens forem iguais é benéfico não só para as mulheres, mas também para homens porque porderão partilhar oportunidades, responsabilidades económicas no seio familiar e no processo de tomadas de decisão”, Realçou
Segundo Virginia Muwanigwa, membro da diretoria da coalizão das mulheres de Zimbawe, hÁ¡ um avanço significativo no processo de representação da mulher no processo constituicional. Desta forma, Zimbabwe adoptou formas de mobilizar as mulheres de forma a inserirem-se o participação dos processos politicos e eleitorais e conhecerem os seus direitos.
Para Muwanigwa é importante que as mulheres participem no pagamento das quotas, incutindo em suas mentes que as mulheres não são simplesmente mÁ¡quinas para fazer filhos, porque são úteis para o desenvolvimento socioeconómico de seu paÁs. Mas para isso, é importante que se observe as leis da Constituição de cada paÁs para a entender a forma como implementar os seus objectivos.
De forma a entender a forma como o fenómeno da igualdade do género se manifesta, as comunidades presentes na cimeira afirmam ser importante que os assuntos da cimeira sejam tratados olhando para o contexto Africano, ou seja, não deixando de lado as manifestaçÁµes culturais e o modo como cada um entende o fenómeno da equidade do género.
Este artigo faz parte das coberturas das notÁcias da Gender Links, na cobertura da Cimeira da SADC na África do Sul, oferecendo visualizaçÁµs frescas nas notÁcias de cada dia.
Comment on África do Sul: 5050 para a igualdade do género