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Maputo, 2 May: Foi lançada esta terça-feira em Maputo, a campanha 50/50 que visa assegurar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher.
“Quando uma mulher entra na polÁtica a polÁtica muda – , porém quando muitas mulheres entram na polÁtica, as mulheres mudam essa polÁtica”- estivemos a citar Graça Samo, representante da ONU.
De acordo com Undina Da Barca Vieira, representante da ONU Mulheres, a campanha 50/50 visa aumentar a participação das mulheres dando-as voz própria na sociedade moçambicana.
Da Barca, congratulou-se pelos progressos registados pela participação da mulher em matéria de género e cidadania, em parte, garças Á s boas prÁ¡ticas adoptadas pelos paÁses africanos, como a lista zebra adoptada pelo Zimbabwe.
Segundo Alice Banze, directora executiva da Gender Linkis Moçambique, estamos a escassos 16 meses para o fim da meta de alavancar para pelo menos metade a balança de empoderamento da mulher.
Pelo que fica claro que não serÁ¡ possÁvel alcançar todos as metas traçadas, mas hÁ¡ progressos a assinalar como bons indicadores do trabalho que as mulheres em Moçambique jÁ¡ conquistaram como seja, o facto de a mulher ocupar cerca de 40% da sua participação no parlamento.
LuÁsa Dias Diogo, patrona da campanha 50/50, considerou ousadia e um importante marco na caminhada triunfal da mulher, a presença da mulher em todos os fóruns de tomada de decisão.
Para Diogo é estrategicamente importante o ajustamento em curso de polÁticas do género no PaÁs pois tal cria espaços para uma maior inclusão da mulher na esfera pública.
Um grande exemplo dos avanços da mulher trazido pela campanha 50/50 é Acina Taimo, de 39 anos de idade, mais conhecida como menininha.
Filha única no meio de 10 irmãos, Acina trabalha como carpinteira e estufadora e considera-se uma verdadeira vencedora.
Acina diz que jÁ¡ tentou trabalhar como cabeleireira porém os seus rendimentos eram muito baixos, facturava apenas 500 Mts/mês, que mal davam para o seu sustento.
Na actualidade Acina é dona de seu próprio negócio, uma fÁ¡brica de mobiliÁ¡rio de nome “Estufaria Menininha”, cita no bairro 25 de Junho em Chibuto, na provÁncia de Gaza.
“Menininha” afirma ainda que seu facturamento mensal jÁ¡ ronda os 25 mil meticais o que constitui um grande avanço para ela.
Não satisfeita com o seu sucesso individual menininha fundou uma escola de formação profissional onde ela ensina a carpintaria a rapazes e raparigas, com prioridade para a rapariga.
Menininha diz que seu principal desafio momentâneo é incentivar as meninas com as quais trabalha a enfrentarem os preconceitos e outros tabus.
“A vida é por si só um grande desafio, assim como todo o tipo de trabalho por isso a coragem é o meu maior instrumento”. Acina Taimo (Menininha)
Este artigo é parte da cobertura especial GL News Service do Protocolo de Género da SADC Cimeiras em andamento em toda a região, oferecendo vistas sobre notÁcias frescas todos os dias.
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