Moçambique: Votar por não votar

Moçambique: Votar por não votar


Date: October 29, 2014
  • SHARE:

Normal 0 false false false PT-BR X-NONE X-NONE

Namaacha, 13 de Outubro: Moçambique e Swazilândia dividem a fronteira terrestre através dos Montes Libombos, ali na vila municipal de Namaacha, no distrito do mesmo nome, na provincia de Maputo que dista a 75 quilometros da Cidade de Maputo.

Moçambique é um estado de direito democrÁ¡tico e a Swazilândia um reino totalitÁ¡rio.

Em tempos de caça ao voto para as quintas eleiçÁµes gerais fica difÁ­cil falar de voto em consciencia na Namaacha quando hÁ¡ falta de conhecimento entre os potenciais eleitores em tornos dos manifestos eleitorais dos candidatos e dos partidos polÁ­ticos.

Em contacto com a nossa reportagem a população de Namaacha, o nosso grupo escalou o bairro 25 de Junho, no distrito de Namaacha, para poder avaliar o grau de conhecimento em relação a campanha eleitoral. Tal foi o nosso espanto ao perceber que a população pouco ou quase nada sabe sobre o perfil dos candidatos mas ainda assim jÁ¡ tem preferências.

De cinco famÁ­lias visitadas nenhuma conseguiu descrever o manifesto eleitoral dos partidos polÁ­ticos que por lÁ¡ fazem campanha, nomeadamente, o MDM e a FRELIMO.

“Filipe Nyussi é o melhor, porque FRELIMO é o melhor partidoÀ. Disse Ana Cossa quando perguntada acerca da sua opinião em relação ao candidato que ganharÁ¡ o seu voto em Outubro. Ana Cossa diz não conhecer o manifesto e não saber explicar o motivo da preferência, para ela, só Filipe Nyussi pode trazer mudanças.

Telma Rosa agarra-se ao Movimento DemocrÁ¡tico de Moçambique porque, para ela, a experiência que teve com a FRELIMO não foi boa, por isso, prefere apostar num outro partido; a RENAMO segundo a sua opinião estÁ¡ fora de questão, mas o MDM melhor se adequa ao perfil por ela desejado.

Segundo depoimentos dos nossos entrevistados muitas são as mulheres em Namaacha que estão envolvidas no processo de campanha, sendo elas as mobilizadoras, dançarinas e cantoras dos partidos polÁ­ticos.

Para Amina Langa é importante ter mulheres a exercer o poder pois elas não são ambiciosas, por isso saberão melhor guiar o destino do nosso paÁ­s.

Issufo Aquibo diz que “hoje em dia a mulher é igual ao homemÀ por isso ela pode estar no poder.

Para os nossos entrevistados as promessas feitas durante a campanha eleitoral passada foram cumpridas mas não na totalidade. Boa parte deles diz não se preocupar com o manifesto eleitoral porque “não hÁ¡ novidade, é tudo mesma coisaÀ.

Isssufo Aquibo diz que para ele não foi cumprida a promessa de melhoria da vida dos jovens naquele distrito. Enquanto Ana Cossa e Graça Antônio dizem que foi tudo cumprido “hoje temos Á¡gua, estrada, energiaÀ.

Pedem que o futuro candidato resolva principalmente a problemÁ¡tica de emprego. Querem ver seus problemas resolvidos como a falta de transportes, o acesso a saúde e educação de qualidade.

As campanhas eleitorais naquele distrito, são comparadas as de todo o paÁ­s, focadas somente na sensação e não na educação eleitoral para a promoção de uma atitude eleitoral mais responsÁ¡vel.

Normal 0 false false false EN-US X-NONE X-NONE

“Este artigo faz parte da serie especial do Serviço Noticioso da Gender Links sobre a formação da mÁ­dia em matérias de género e eleiçÁµes em Moçambique.”

 

 


Comment on Moçambique: Votar por não votar

Your email address will not be published. Required fields are marked *