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Maputo, 30 de Outubro: Mulheres profissionais da comunicação social afirmam haver avanços no reconhecimento das capacidades femininas nesta Á¡rea em Moçambique, passo significativo para o equilÁbrio do género.
O facto foi evidenciado esta semana, em Maputo, num encontro organizado pela “Gender linksÀ, organização não-governamental da Africa Austral que se dedica a assuntos do género.
No encontro participaram diversos profissionais da comunicação social, incluindo mulheres da Á¡rea convidadas para testemunhar e partilhar suas experiencias, principalmente no que tange a cobertura do processo eleitoral no paÁs.
A jornalista EmÁlia Moiane, da Televisão de Moçambique (TVM), reconheceu os avanços, referindo que na campanha eleitoral que antecedeu a votação de 15 de Outubro as mulheres deixaram boas marcas que devem ser seguidas pelas mais jovens.
Para além da própria Moiane, que cobriu a campanha de um dos candidatos a Presidência da Republica, durante 45 dias, vÁ¡rias outras profissionais destacaram À“ se nesta actividade, caso da Célia Mahanjane, da RÁ¡dio Moçambique (RM), Joana Macie, do jornal “NoticiasÀ, Aida Matsinhe, do semanÁ¡rio “Magazine IndependenteÀ, entre outras.
O grupo faz parte de um total de 1795 jornalistas nacionais que fizeram a cobertura da campanha eleitoral e as eleiçÁµes presidenciais, legislativas e provinciais de 15 de Outubro em Moçambique.
“Na cobertura da última campanha eleitoral houve participação de um número encorajador de mulheresÀ, afirmou Moiane.
Por sua vez, Célia Mahanjane, da RM, recomendou aos chefes das redacçÁµes a oferecer mais oportunidades `as mulheres para que elas possam mostrar as suas capacidades.
“As mulheres precisam de oportunidades porque é por esta via que conseguimos mostrar as nossas capacidades, tal como aconteceu na cobertura eleitoralÀ, sublinhou Mahanjane.
Na mesma ocasião, Joana Macie, do “NotÁcias, apelou as futuras jornalistas a saber conciliar a vida social e profissional, um dos problemas que dificulta a integração da mulher na comunicação social.
Macie acrescentou que a humildade e o apoio familiar são fundamentais para o sucesso das mulheres no jornalismo.
Aida Matsinhe, do Magazine Independente, disse, por sua vez, que a integração da mulher na comunicação social resulta do esforço que esta camada tem empreendido para fazer valer as suas capacidades profissionais.
Os resultados gerais das eleiçÁµes de 15 de Outubro anunciados pela CNE esta quinta-feira conferem a Frelimo 144 dos 250 assentos do parlamento Moçambicano. Oitenta e nove assentos vão para a Renamo e 17 para o MDM.
Estes resultados carecem da validação do Conselho Constitucional dentro dos próximos 45 dias.
Arcénia Nhacuahe é uma jornalista da Agência de Informação de Moçambique (AIM) em Maputo. Esta história faz parte do Serviço de NotÁcias da Gender Links, oferecendo novos pontos de vista sobre o dia-a-dia da actualidade informativa.
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