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Maputo, 23 June: Estava sentada na plateia uma menina de estatura baixa, olhar determinado e voraz, parecia ser apenas uma menina mas seus pronunciamento eram fortes e arrojados. Decidi aproximar me dela e desvendar que tinha de tao especial esta menina.
Dércia Materula nascida em 14 de Janeiro de 1992 é formada em Ciências da Informação pela Universidade Politécnica, tem apenas 23 anos. Na sua batalha pelo alcance de seus objectivos profissionais Dércia diz ter sofrido aquilo a que ela chama dupla descriminação, pois não era descriminada só por ser mulher mas também por ser “pequenina” fisicamente.
“Quando as pessoas falam comigo ao telefone ou por e-mail ficam pensam que sou uma grande mulher devido a forma como organizo os meus discursos, mas quando encontram me percebem que sou jovem apanham um susto e chamam- me MENININHA”. Disse Dércia sorrindo timidamente.
Dércia diz que chegou a ouvir comentÁ¡rios muito duros mas que nunca a deixavam em baixo, pelo contrÁ¡rio davam- na mais vontade de batalhar.
“Eu ouvia coisas muito duras como: Ela só entrou aqui porque é BONITINHA e ARRUMADINHA”.
A “bonitinha e arrumadinha”, como era conotada, provando que é capaz ela destacou- se em todas as organizaçÁµes onde trabalhou sendo agora a especialista de média mais jovem da IREX, organização onde trabalha actualmente. Na IREX a nossa pique na grande entrevistada conta que foi fazer o estÁ¡gio e no terceiro dia de estÁ¡gio foi promovida a trabalhadora e no sexto mês de trabalho passou a coordenadora de Género e Media.
“Inspiro- me na minha parÁ¡bola favorita que conta a estória de uma corrida onde havia vÁ¡rios corredores e onde a plateia gritava para um especialmente franzino, ‘Tu vais perder’ e no fim da corrida apenas um cortou a meta o mais franzino que quando se foi perguntar como ele o tinha feito descobriu- se que era surdo”.
“Prepara- te para os desafios e fecha os ouvidos, busca motivação interna, pesquisa, estuda, analisa, critica e reconhece as tuas motivaçÁµes”.
Os Artigos 29- 31: Media, Comunicação e Informação do protocolo da SADC sabre Género e Desenvolvimento, adoptado e 17 de Agosto de 2008. estabelecem que a alocação de recursos e orçamentos sejam sensÁveis ao género em todas as polÁticas e leis de informação, comunicação e media. Ele requer a representação igual das mulheres em todas as Á¡reas e em todos os nÁveis do trabalho dos media, e para que mulheres e homens sejam dados voz de forma igual através dos media. O Protocolo requer que o aumento de programas para, por e sobre as mulheres e desafiando os estereótipos do género no media “
No âmbito dos artigos 29- 31 do protocolo da SADC, decorreu a secção de apresentaçÁµes sobre a Abordagem do Género na Média, onde participaram três jovens jornalistas mostrando que os médias são impulsionadores das boas prÁ¡ticas sobre assuntos relativos ao género.
A primeira apresentação foi feita pela Aida Matsinga jornalista do jornal Magazine Independente que exerce a atividade jornalÁstica hÁ¡ 5 anos. Na reportagem da Matsinga abordou a cerca do impacto das mudanças climÁ¡ticas no trabalho pesqueiro o que aumenta a dependência das mulheres que vivem da pesca. Como género não é só mulher Aida não limitou- se a falar só com mulheres na sua reportagem tendo conversado também com homem, destacando a importância de que todos caminhem juntos rumo ao desenvolvimento.
Leia Chigubo jornalista da RÁ¡dio Moçambique (RM) hÁ¡ 5 anos, abordou na sua reportagem sobre a feminização do HIV/SIDA intitulada “Mulheres Resgatam Auto- estima de Chókwe”, onde procura mostrar através da Associação Pedalar que o HIV/SIDA não é culpa das mulheres.
O fecho da secção coube a Silaide Mutemba que estÁ¡ no mercado de trabalho a 1 ano e actualmente presta serviços a RÁ¡dio Moçambique (RM), que trouxe a sua reportagem sobre rapariga e ensino que versa sobre a retenção da progressão académica da rapariga, dizendo achar mais importante a Educação antes da Liderança.
A mesa de jure é composta por SÁlvia De Aquine, Cremildo Churane e Hisaura Afonso.
“As apresentaçÁµes foram média mas embora o tenham sido tem muito potencial para avançar”. Cremildo Churane
“Gostei de ver que são jornalistas jovens que trazem matérias com abordagens interessantes.” SÁlvia De Almeida
Dércia Materrule, Aida Matsinga, Silaide Mutemba e Leia Chigubo são exemplos de como a luta pela igualdade de género é possÁvel.
Este artigo e parte da cobertura especial do Serviço de Noticias e ComentÁ¡rios da Gender Links durante a Cimeira do Protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento em decurso em todos os PaÁses da Região da SADC, providenciando noticias de actualidade todos os dia.
📝Read the emotional article by @nokwe_mnomiya, with a personal plea: 🇿🇦Breaking the cycle of violence!https://t.co/6kPcu2Whwm pic.twitter.com/d60tsBqJwx
— Gender Links (@GenderLinks) December 17, 2024
One thought on “Mozambique: Nem tamanho, nem idade, nem sexo é documento Uma mulher de questionamentos”
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