Nos EUA: EmpresÁ¡rias Moçambicanas conquistam mercado

Nos EUA: EmpresÁ¡rias Moçambicanas conquistam mercado


Date: September 18, 2014
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Maputo, 10 Setembro: Mulher-empresÁ¡ria moçambicana beneficia de formação, acesso ao crédito e a mercados norte-americanos Á  luz da assinatura da certificação da AWEP (African Women’s Entrepreneurship Program) À“ Programa de Empreendedorismo das Mulheres Africanas, financiado pelo governo dos Estados Unidos da América.

A certificação do programa foi assinada em Maputo pela Primeira-dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, e pelo embaixador dos Estados Unidos da América, Douglas Griffiths. Falando na ocasião, Da Luz Guebuza disse esperar que a AWEP fortaleça a aposta no crescimento da mulher, facilitando o acesso a mais mulheres em acçÁµes de formação técnico-profissional.

“Só com acçÁµes como formação e capacitação Á  altura dos desafios dum mercado empresarial crescente e tecnicamente competitivo, podemos ter mais mulheres empreendedoras, com auto-emprego e com actividades de geração de rendimentoÀ, explicou a esposa do Presidente Armando Guebuza.

A primeira-dama da república acrescentou que “com esta certificação, esperamos uma AWEP-Moçambique actuante, capacitando mulheres empresÁ¡rias e empreendedoras, ao mesmo tempo que proporciona o desenvolvimento de projectos orientados para as comunidades rurais, tendo em conta a diversidade e potencial económico existente…À.

Da Luz Guebuza apelou ainda Á  AWEP para continuar a promover campanhas de advocacia junto de entidades públicas e privadas, visando a criação dum ambiente de negócios mais favorÁ¡vel e atractivo, também, para a mulher-empreendedora e reenquadramento da mulher do sector informal para o formal, assegurando a sua maior protecçãoÀ.

Para o embaixador norte-americano, Douglas Griffiths, AWEP enquadra-se nos esforços do governo moçambicano para o desenvolvimento da produção e produtividade, assim como a criação do emprego em Moçambique.

“Estamos a providenciar assistência técnica e formação para que a mulher-empresÁ¡ria tenha, entre outras coisas, mais experiência na produção, comercialização, controlo de qualidade e acesso ao crédito. Portanto, esperamos que estas mulheres empreendedoras se juntem, apoiem-se umas Á s outras e façam o melhor aproveitamento do programa para lograr um impacto positivoÀ, disse Griffiths.

AWEP é uma iniciativa da ex-SecretÁ¡ria de Estado norte-Americano, Hillary Clinton, ao serviço da mulher desde Julho de 2010 e faz parte dos esforços do governo americano tendentes a promover o AGOA (African Growth and Opportunity Act) À“ um mecanismo que estabelece as regras jurÁ­dico-comerciais que permite o acesso dos produtos africanos ao mercado americano.

De acordo com o ministro moçambicano de indústria e comércio, Armando Inroga, a certificação da AWEP visa assegurar Á s mulheres da Africa subsaariana, zona de actuação do AGOA, exportaçÁµes para EUA, livres das taxas.À

Inroga explica que “para este segmento de género, ou seja, para as mulheres, exportar produtos da sua actividade profissional para os EUA, sejam eles de natureza industrial, artÁ­stica ou cultural, constitui uma oportunidade, uma janela para a sistematização do que produzem, com o mesmo padrão de qualidade e em quantidades que permitam ter retornoÀ.

Ainda de acordo com o Ministro da Indústria e Comércio, “esta janela de oportunidade vai também permitir que Moçambique passa a   ser detentora de um mecanismo para a constituição duma classe empresarial distinta À“ a das mulheres-empreendedoras.À

Com esta certificação, Moçambique torna-se assim, num dos 44 paÁ­ses africanos contemplados pela AWEP para mobilizar, orientar e rentabilizar todas as iniciativas tendentes a melhorar o ambiente de negócios nas empresas africanas.

De Moçambique, os EUA têm interesse na importação de vestuÁ¡rio, pescado, mariscos e produtos agrÁ­colas processados, incluindo a madeira, algodão, castanha de caju, amendoim, entre outros.

Para a Ministra Moçambicana da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura, a AWEP vai potenciar o crescimento dos negócios da mulher empresÁ¡ria e empreendedora, no PaÁ­s.

“A mulher moçambicana trabalha arduamente, dirigindo ela própria, na maioria dos casos os seus próprios negócios de pequena e grande escala, o que faz com paixão. Todavia, ela precisa do apoio do governo e de instituiçÁµes estatais ou privadas para melhorar o seu negócio e a qualidade dos seus produtos, assim como, o acesso facilitado ao crédito e aos mercadosÀ- esclareceu Cintura.

Thelma Venichand, empresÁ¡ria moçambicana bem-sucedida nos negócios, até de bio-combustÁ­veis, defende um empresariado feminino proactivo que não descarta qualquer que seja a oportunidade, tal é o caso desta criada pela AWEP, destinada a melhorar o Á­ndice de negócios no seio da mulher.

Venichand afiançou que Á  luz desta iniciativa, “… Queremos criar também redes da mulher empresÁ¡ria ou empreendedora em Moçambique da qual vamos nos conectar com as nossas congéneres em Africa e no mundo.À

A empresÁ¡ria de sucesso espera ainda que com a AWEP, as mulheres empresÁ¡rias moçambicanas vão apreender a promover os seus negócios, melhorar a qualidade dos seus produtos e como ter acesso ao financiamento extra quando necessÁ¡rio.

Entretanto, de acordo com a Primeira-dama de Moçambique, “Cabe Á  mulher empresÁ¡ria e empreendedora, a responsabilidade de aderir a este ao programa da (AWEP) como forma de aumentar a qualidade e a competitividade dos seus negócios a nÁ­vel nacional, regional e internacionalÀ.

Jose Tembe é o editor da GL News Service dos paÁ­ses lusófonos em Maputo. Esta história faz parte do Serviço de NotÁ­cias da Gender Links, oferecendo novos pontos de vista sobre o dia-a-dia da actualidade informativa.


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