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Maputo, 22 de Julho: Mulher-empresÁ¡ria moçambicana beneficia de formação, acesso ao crédito e a mercados norte-americanos Á luz da assinatura da certificação da AWEP (African Women’s Entrepreneurship Program) – Programa de Empreendedorismo das Mulheres Africanas, financiado pelo governo dos Estados Unidos da América.
A certificação do programa foi assinada em Maputo pela Primeira-dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, e pelo embaixador dos Estados Unidos da América, Douglas Griffiths. Falando na ocasião, Da Luz Guebuza disse esperar que a AWEP fortaleça a aposta no crescimento da mulher, facilitando o acesso a mais mulheres em acçÁµes de formação técnico-profissional.
“Só com acçÁµes como formação e capacitação Á altura dos desafios dum mercado empresarial crescente e tecnicamente competitivo, podemos ter mais mulheres empreendedoras, com auto-emprego e com actividades de geração de rendimento”, explicou a esposa do Presidente Armando Guebuza.
A primeira-dama da república acrescentou que “com esta certificação, esperamos uma AWEP-Moçambique actuante, capacitando mulheres empresÁ¡rias e empreendedoras, ao mesmo tempo que proporciona o desenvolvimento de projectos orientados para as comunidades rurais, tendo em conta a diversidade e potencial económico existente…”.
Da Luz Guebuza apelou ainda Á AWEP para continuar a promover campanhas de advocacia junto de entidades públicas e privadas, visando a criação dum ambiente de negócios mais favorÁ¡vel e atractivo, também, para a mulher-empreendedora e reenquadramento da mulher do sector informal para o formal, assegurando a sua maior protecção”.
Para o embaixador norte-americano, Douglas Griffiths, AWEP enquadra-se nos esforços do governo moçambicano para o desenvolvimento da produção e produtividade, assim como a criação do emprego em Moçambique.
“Estamos a providenciar assistência técnica e formação para que a mulher-empresÁ¡ria tenha, entre outras coisas, mais experiência na produção, comercialização, controlo de qualidade e acesso ao crédito. Portanto, esperamos que estas mulheres empreendedoras se juntem, apoiem-se umas Á s outras e façam o melhor aproveitamento do programa para lograr um impacto positivo”, disse Griffiths.
AWEP é uma iniciativa da ex-SecretÁ¡ria de Estado norte-Americano, Hillary Clinton, ao serviço da mulher desde Julho de 2010 e faz parte dos esforços do governo americano tendentes a promover o AGOA (African Growth and Opportunity Act) – um mecanismo que estabelece as regras jurÁdico-comerciais que permite o acesso dos produtos africanos ao mercado americano.
De acordo com o ministro moçambicano de indústria e comércio, Armando Inroga, a certificação da AWEP visa assegurar Á s mulheres da Africa subsaariana, zona de actuação do AGOA, exportaçÁµes para EUA, livres das taxas.”
Inroga explica que “para este segmento de género, ou seja, para as mulheres, exportar produtos da sua actividade profissional para os EUA, sejam eles de natureza industrial, artÁstica ou cultural, constitui uma oportunidade, uma janela para a sistematização do que produzem, com o mesmo padrão de qualidade e em quantidades que permitam ter retorno”.
Ainda de acordo com o Ministro da Indústria e Comércio, “esta janela de oportunidade vai também permitir que Moçambique passa a ser detentora de um mecanismo para a constituição duma classe empresarial distinta – a das mulheres-empreendedoras.”
Com esta certificação, Moçambique torna-se assim, num dos 44 paÁses africanos contemplados pela AWEP para mobilizar, orientar e rentabilizar todas as iniciativas tendentes a melhorar o ambiente de negócios nas empresas africanas.
De Moçambique, os EUA têm interesse na importação de vestuÁ¡rio, pescado, mariscos e produtos agrÁcolas processados, incluindo a madeira, algodão, castanha de caju, amendoim, entre outros.
Para a Ministra Moçambicana da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura, a AWEP vai potenciar o crescimento dos negócios da mulher empresÁ¡ria e empreendedora, no PaÁs.
“A mulher moçambicana trabalha arduamente, dirigindo ela própria, na maioria dos casos os seus próprios negócios de pequena e grande escala, o que faz com paixão. Todavia, ela precisa do apoio do governo e de instituiçÁµes estatais ou privadas para melhorar o seu negócio e a qualidade dos seus produtos, assim como, o acesso facilitado ao crédito e aos mercados”- esclareceu Cintura.
Thelma Venichand, empresÁ¡ria moçambicana bem-sucedida nos negócios, até de bio-combustÁveis, defende um empresariado feminino proactivo que não descarta qualquer que seja a oportunidade, tal é o caso desta criada pela AWEP, destinada a melhorar o Ándice de negócios no seio da mulher.
Venichand afiançou que Á luz desta iniciativa, “… Queremos criar também redes da mulher empresÁ¡ria ou empreendedora em Moçambique da qual vamos nos conectar com as nossas congéneres em Africa e no mundo.”
A empresÁ¡ria de sucesso espera ainda que com a AWEP, as mulheres empresÁ¡rias moçambicanas vão apreender a promover os seus negócios, melhorar a qualidade dos seus produtos e como ter acesso ao financiamento extra quando necessÁ¡rio.
Entretanto, de acordo com a Primeira-dama de Moçambique, “Cabe Á mulher empresÁ¡ria e empreendedora, a responsabilidade de aderir a este ao programa da (AWEP) como forma de aumentar a qualidade e a competitividade dos seus negócios a nÁvel nacional, regional e internacional”.
Jose Tembe é um jornalista freelance em Maputo. Esta história faz parte do Serviço de NotÁcias da Gender Links, oferecendo novos pontos de vista sobre o dia-a-dia da actualidade informativa.
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